Falar de um amigo pode parecer fácil, mas não é. Ainda mais quando esse amigo é juiz. Mas como eu digo, conheço VB desde a época em que ele era nada, e eu, coisa nenhuma. Eu continuo coisa nenhuma. Por isso, não vejo razão para ter dedos.
Há muito esse brasiliense deixou de ser apenas um amigo virtual, para ser um amigo de carne e osso, desse mundo real. Boa parte dos acontecidos narrados no relato que vocês verão agora, tive o prazer de, ainda que à distância, acompanhá-los. E por isso, posso garantir que o rapaz do avatar acima fez por merecer todas essas conquistas, em especial, as aprovações na magistratura do TJPB e TJMG.
Grande VB, amigo das palavras certas nas horas incertas, obrigado pela amizade nessa estrada louca dos concursos. A estrada, para mim e para tantos outros, continua. Mas a amizade fica. Que Deus continue a iluminar você e sua família (que já é parte da minha!).
Chega de papo. Agora, o relato.
Aproveitem!
MOCAM
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Veja bem;
(não poderia começar de outra forma, né?!
rsrs)
Muita gente me cobra este relato, já há algum
tempo. Eu mesmo pensei nele por alguns anos, como o faria, o que diria... Deveria
ter escrito um diário.
Vamos lá. De forma direta e pessoal, como
sempre tratei nas redes “concurserísticas” na web. Nada de parecer com artigo
científico ou coisa que o valha.
Inicialmente, preciso dizer que, chegada a
hora, sinto enorme dificuldade de falar de mim mesmo. Complicado. A Bíblia –
que mencionarei um monte –, sábia como ela só, no livro de Provérbios, diz:
“Tens visto um homem que é sábio aos seus próprios olhos? Maior
esperança há no insensato do nele” (Pv 26:12);
“Ninguém elogie a si mesmo; se houver elogios, que venham
dos outros” (Pv
27:2);
“...diante da honra, vai a humildade” (Pv 18:12).
E falar de mim parece contrariar tudo isso. Talvez
por isso tamanha demora.
Porém, igualmente em Provérbios, há uma constatação
inigualável: “O homem que tem muitos
amigos sai perdendo; mas há amigo mais
chegado do que um irmão” (Pv 18:24).
Nessa longa e espinhosa caminhada fiz vários
colegas, e, principalmente, alguns amigos mais chegados do que irmãos. E como
na caminhada também ficava ávido por ler e ouvir comentários de pessoas que
tinham alcançado a tão esperada vitória, como os relatos precursores do “LéoSardinha”, da “Narizinho” e até mesmo o lendário relato do “Triangulino”,
sinto-me na obrigação de dar minha contribuição, ainda que pequena.
E, claro, não poderia deixar de mencionar meu
amigo-irmão MOCAM, que conheci no mundo virtual e que hoje faz parte do meu
dia-a-dia. Não há como deixar de lembrar as nossas piadas e graças com o
“aprenda-a-passar-com-quem-ainda-não-passou”, certos de que um dia chegaria
nossa vez. Graças a Deus, chegou. E em dose dupla (TJPB e TJMG).
Pensei em pular a parte das agruras e
dificuldades na vida pessoal, ir direto ao ponto da maneira de estudar, que,
para muitos, é o que importa. Mas tenho que interessante falar um pouco das
lutas pessoais para chegar até aqui, uma vez que isso pode servir de alento
para algumas pessoas. Depois menciono algumas formas e técnicas de estudo que
utilizei.
“O coração do homem pode fazer planos,
mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv
16:1)
Tratarei um pouco e brevemente da minha vida
pessoal e profissional nestes anos que antecederam a posse na magistratura.
Como as duas coisas se misturam, não há como falar de uma sem falar noutra...
Nunca pensei seriamente em ser outra coisa na
vida, senão juiz. Quando tinha uns 15 ou 16 anos, projetava ser magistrado até
os 30 anos de idade. Como parecia uma data tão looooonnnge, não me preocupei
seriamente com isso.
Ao contrário de muita gente que passa, eu não
fiz uma faculdade brilhante. A faculdade é sim muito boa, uma das melhores de
Brasília (Universidade Católica de Brasília). Eu é que, do alto dos meus 19 aos
23 anos, não levava muito a sério... Fui um aluno mediano, reconheço. E como
todo aluno que não leva muito a sério, tive que correr atrás para recuperar o
tempo perdido.
Decidi seguir por esta carreira jurídica por
influência do meu pai, servidor do TRF da 1ª Região desde o primeiro concurso
daquele tribunal, logo depois da criação pela CF/1988. Vi meu pai estudar
muito, lembro-me da imagem dele sentado estudando, sempre com um livro à
frente. Chegou a passar em algumas primeiras fases para magistratura, no início
dos anos 90, mas, por coisas da vida, deixou o sonho de lado e passou a se
dedicar a ser servidor do Tribunal. Aliás, um dos melhores que servem naquele
Tribunal, sem dúvidas.
Nesse
meio tempo, conheci a minha amada, aquela que seria (é!) esposa, companheira e
mãe dos meus filhos. Formei família. Dediquei o meu tempo a dar uma vida
confortável para os meus, assim como a fazer carreira no Judiciário. Aos 19
anos, doido para casar e ficar com minha mulher o tempo todo, estudei um bocado
e passei no concurso para técnico judiciário do TJDFT.
Meu velho pai sempre me dizia: “olha, se você
casar, vai ficar mais difícil você passar...”. Casei. “Se você tiver filhos,
vai ficar mais difícil você passar...”. Tive (tenho) dois filhos. “Se você se
dedicar muito ao trabalho, vai ficar mais difícil você passar”. Dediquei-me ao
trabalho.
Eu e minha esposa nos casamos com apenas 21
anos, tivemos nosso primogênito com 23 anos, o segundo com 28 anos (no calor
dos meus estudos!).
Profissionalmente, trabalhei em tudo o que
seja possível trabalhar no Poder Judiciário. No TJDFT, trabalhei em Juizado
Especial (Cível e Criminal), fui expedidor (fazia os mandados, ofícios e tudo o
mais), conciliador, o rapaz que digita a audiência para o juiz... Depois em
Vara Cível, onde também trabalhei um bocado, na secretaria.
Posteriormente, fui cedido ao TRF da 1ª
Região, onde, antes de passar no concurso do TJDFT, fui estagiário. Alguns anos
depois, como servidor, fiz de tudo um pouco. Desde ser “o capinha” (aquele
rapaz que fica com uma capinha preta atrás do desembargador, que leva os processos
para a sessão de julgamento), oficial de gabinete, e, finalmente, assessor de
uma desembargadora, com quem aprendi muito e a quem sou muito grato. Ah, e tive
a graça de ser aprovado para analista judiciário do TJDFT e continuar cedido ao
TRF1, ainda como assessor.
Aprendi muito nesse tempo todo dentro do
Poder Judiciário. Do posto aonde cheguei, como servidor, não tinha mais para
onde subir. Graças a Deus por meu emprego como servidor, que, além de me
ensinar muito, deu condições de dar uma vida confortável à minha família, bem
como a possibilidade de fazer todos os concursos que quis, onde quer que fosse.
Os concursos que deixei de fazer foram por que não tive vontade ou por choque
de datas.
Ou seja, em tudo na minha vida, fiz o melhor
que pude (“Tudo o que você tiver de
fazer, faça o melhor que puder...” Eclesiastes 8:10). Não por teimosia ao
meu pai. Só achava que, embora reconhecendo que seria mais difícil alcançar o
almejado cargo, viver a vida não me impediria de alcançar meu objetivo, no
prazo dado pela minha adolescência.
Claro, o tempo passou. Quando dei por mim, já
estava com 27 para 28 anos de idade. Chegou a hora de estudar seriamente para
passar em concurso para magistratura. 30 anos já era logo ali.
Comecei com o concurso para juiz substituto
do TJDFT, de 2008. Jesus amado, que surra. Viajei pela primeira vez para fazer
prova fora de Brasília, quando fiz a prova para o TJSE. Que cidade linda!
Aracaju é encantadora. CESPE. Imagine só? Quase perdi o rumo do aeroporto... completamente
desnorteado. Saí nem na foto.
Percebi o tamanho da fera que enfrentaria.
Passei a frequentar o correioweb (CW), a
partir do qual conheci bastante gente que também se propõe a essa caminhada
maluca. Já no concurso seguinte (TJRS, final de 2008 ou início de 2009) conheci
alguns pessoalmente, inclusive o ODDIE, amigo daqueles pra vida toda.
Posteriormente migramos para o fórum do MOCAM(FM), a partir do visionário que dá nome ao site, também grande amigo. Conheci
muita gente. Todos de alguma forma muito importante nessa caminhada. Participei
de bons grupos de estudos pela internet, recebi e enviei muito material de
estudo.
Estudei bastante. Não acredite em quem diz
que passa sem ter estudado, ou tendo estudado pouco. Conversa fiada. Concordo
que algumas pessoas têm mais facilidade, mas, regra geral, exige-se muito
esforço.
Em média, estudava 4 horas por dia. Deixava
meu menino mais velho na escola, logo cedo, ia para alguma biblioteca e
estudava duas horas pela manhã. Lá pelas 10h partia para o trabalho, de onde
saia por volta das 19:30. E voltava para a biblioteca, onde ficava das 20h às
22h ou 22:30. Estabelecia uma carga horária específica de estudos que, se não
completasse durante a semana, tinha que compensar no sábado ou domingo. Férias
ou feriados? Isso não existe. Só serviam para estudar.
Nessa caminhada toda foram muitos tombos. Fiz
mais de 20 concursos (depois do 20º, parei de contar!).
A cada reprovação desanimava? Claro, ninguém
é de ferro. Mas, um dos lemas favoritos da galerinha gente boa do FM: “cair 7, levantar 8”. E, além disso,
sempre pensava que há tempo para tudo (confira Eclesiastes 3:1-8). Quando saia um resultado negativo, não
me dava mais do que o dia do resultado para lamúrias. No dia seguinte já estava
de volta à rotina de estudos.
Percebi que tinha uma grande dificuldade em
passar nas primeiras fases, em face da decoreba e nível de memorização que se
exige. Mudei meu jeito de estudar, como se não existissem as fases seguintes,
dedicando-me somente à primeira fase. Passei a estudar vivendo cada fase, e só.
“Não
vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mt.
6:34), quer dizer, cada fase guarda o seu próprio mal (dificuldade). Não
adiantava estudar pras segundas fases se não passava nas primeiras. Logo mais
tratarei um pouco da forma como estudei pra primeira fase.
Depois
de muitos resultados negativos, veio a aprovação em primeira fase. E outra, e
mais outra. Isso fez com que eu tivesse que dar o passo seguinte, ou seja,
estudar pra segunda fase, o que também tratarei logo mais.
Algumas reprovações em especial me deixaram
bastante triste. Tinha reprovado na primeira fase do TJSC por apenas um ponto.
Mas um candidato inconformado (sempre tem um ou outro, né?! rsrs) impetrou um
mandado de segurança e ganhou uma questão, o que foi estendido a todos os que
tinham errado aquela mesma questão. Lá estava eu na segunda fase do TJSC.
Quem não se lembra do quanto foi tumultuado o
último concurso do TJSC? Fomos a Florianópolis/SC diversas vezes para fazer as
provas. Concurso longo e desgastante. Quando saiu o resultado das sentenças,
fiquei de fora, o que me deu um baque bem grande.
Também fazia TRF’s, uma vez que tinha contato
com a matéria tratada nos federais, por trabalhar no TRF1 (aqui abro um
parêntese: a prova de sentença penal do último concurso do TRF4 foi a coisa
mais difícil que já vi na vida! Quem tiver curiosidade, confira).
No último concurso do TRF2, fui um dos poucos
aprovados na prova dissertativa, porém, posteriormente, fiquei por pouco nas
sentenças, o que também me deixou bem chateado.
E como não falar do TJDFT? Em casa é sempre
mais complicado, não? No último concurso (não o que está sendo aplicado, o
anterior) mais uma vez ficara na primeira fase por uma questão. Como no TJSC,
graças a um mandado de segurança de outro candidato, fui pra segunda fase. A
segunda fase do TJDFT é bem complicada, não obtive aprovação. Como é doído ver
a possibilidade de ficar em casa escorrer pelas mãos...
Depois de tantas reprovações, veio o TJPB. E
também o TJMG.
“Aqueles que saíram chorando, levando a
semente para semear, voltarão cantando, cheios de alegria, trazendo nos braços
os feixes da colheita” (Salmos
126:6).
TJPB
O concurso do TJPB, todo feito pelo CESPE,
foi espinhoso do início ao fim, mas, graças a Deus, deu tudo certo.
No dia da prova da primeira fase, comprei a
passagem para chegar a João Pessoa/PB no sábado, véspera da prova, mais ou
menos na hora do almoço. Contudo, houve um grande nevoeiro em Brasília e o
aeroporto ficou fechado pela manhã. Meu voo, remarcado para o início da noite,
por conta do atraso em todo o país (efeito cascata), saiu quase que meia noite.
Cheguei ao hotel por volta das 3h da manhã. E tinha que estar no local da prova
às 7h! O amigo ODDIE tinha comprado dois energéticos que me “deram asas”
(rsrs).
Aprovado na primeira fase, continuei a
preparação para a segunda. Aprovado na prova discursiva, foram feitas as provas
de sentença. Aprovado na sentença cível, reprovado na sentença penal. Dureza.
Precisava de bastante ponto, mas, mesmo assim, encarei o recurso. Afinal, o
recurso também faz parte do concurso, não?!
Para minha grata surpresa, o recurso foi
provido! Estava na prova oral do TJPB!
Antes da prova oral, contudo, vinham a
inscrição definitiva e os testes psicotécnicos.
Como emoção pouca é bobagem, tive a inscrição
indeferida! Fiquei sem chão quando soube o resultado... Por uma burocracia
boba, indeferiram minha inscrição definitiva. O edital exigia do candidato advogado
que apresentasse uma certidão da OAB que declarasse a situação perante a ordem.
Nunca advoguei! Nem n. de inscrição na OAB tive! Fiz a prova da OAB/DF só por
desencargo, tenho a certidão de aprovação no exame. Mas, como disse acima,
entrei no Judiciário bem novo, o que impedia a atuação como advogado e obtenção
da inscrição na ordem. Recorri e, graças a Deus, minha inscrição definitiva foi
deferida.
Mais uma vez em João Pessoa/PB, realizados os
testes psicotécnicos. Tenso, bastante tenso. Uma dentre as várias atividades
fiz da direita para a esquerda, o que depois fui pesquisar e vi que só
analfabetos tendem a fazer... Fiquei preocupado. Mas não passou de uma
preocupação sem fundamento. Fui aprovado.
Veio, então, a prova oral. Nunca tinha
estudado para prova oral. Como já adiantei, estudava para cada fase como se não
existisse outra. E, em regra, preparamos e condicionamos nosso cérebro para a
escrita, para raciocinar e escrever, não para falar! Tinha pouco tempo para
condicioná-lo a raciocinar a resposta e falar, não passar para o papel.
Preparei-me com afinco – também tratarei especificamente desta preparação logo
mais.
Muita gente boa ficou de fora. Ao final,
graças a Deus, meu nome estava entre os aprovados!! Eita Deus, quanta alegria!!
Apenas 21 aprovados entre mais de 5 mil candidatos e eu entre eles!!!
Chegou a época da nomeação e posse. Mais uma
vez, tensão. Inicialmente o tribunal empossaria somente 9 aprovados, depois
passou para 16. E eu era o 19º! O TJPB foi tenso do início ao fim... Mas,
novamente graças a Deus, todos fomos nomeados e empossados.
Assim, no dia 13 de julho de 2012, fui
empossado como Juiz Substituto do TJPB! Que dia feliz! Felicidade compartilhada
com minha família – em especial minha esposa, que me deu tanta força e apoio
nesse tempo todo de preparação! Que bom ver a felicidade da minha mãe e do meu
pai! Até hoje agradeço demais a Deus por proporcionar aos meus familiares tamanho
orgulho. Os amigos LIKA e ROGERS também foram pessoalmente me prestigiar, e,
além disso, recebi muitas felicitações de toda a galerinha do FM.
Ah, antes que me perguntem, na data da posse
já estava com 31 anos. Mas como, em regra, os prazos para os juízes são
impróprios... rsrsrs
Pensava que a caminha tinha acabado. Mas,
ainda durante o curso de formação do TJPB, em agosto/2012, tive outra grata
surpresa: estava entre os aprovados para a prova oral do TJMG! Minha “carreira”
concurseirística não estava acabada...
TJMG
Ao contrário do concurso para o TJPB, o
concurso para a magistratura mineira não me foi tão espinhosa. Não que tenha
sido fácil – em concurso para magistratura isso não existe. É que não tive
tantos percalços.
Fiz as provas sem tamanha pressão, compareci diversas
vezes em Belo Horizonte, sem maiores pretensões. Como já estava fazendo
diversas provas, dedicando-me com afinco, especialmente para o TJPB, o concurso
para o TJMG poderia se tornar uma realidade.
Com o resultado positivo da primeira fase,
fiz a segunda, na qual também obtive êxito. Vencidas as etapas da inscrição
definitiva e psicotécnico, veio a prova oral. Não tive muito tempo e condições
para me preparar para a prova oral do TJMG, uma vez que o trabalho no TJPB já
era intenso e me consumia bastante. Por uma graça de Deus, uma amiga que
entrara comigo no TJPB também foi aprovada para a prova oral do TJMG, e
estávamos lotados em cidades próximas no sertão da PB, o que permitiu que
treinássemos juntos algumas vezes para a prova que se aproximava.
É chegado o dia da prova oral do TJMG. Tenso,
muito tenso. Prova oral sempre é muito complicado. Embora às vezes não pareça,
sou bem tímido, complicado falar em público. Imagine falar para
examinadores/desembargadores em alguns minutos, sendo que o que for falado pode
mudar sua vida?!
No dia da prova oral, encontrei com um amigo
com o qual troquei muitas ideias sobre o que poderia ser arguido, conversa essa
que me ajudou bastante. Mais uma vez, graças ao bom Deus, logrei aprovação.
O TJMG resolveu adiantar tudo, pois a
necessidade de novos juízes era premente, e, sendo assim, o curso de formação
de novos juízes, que somente se iniciaria em janeiro de 2013, foi adiantado
para o início de dezembro de 2012. Precisava, da noite para o dia, deixar a PB
e ir para MG.
Ao contrário do TJPB, no qual fomos
empossados e depois participamos do curso de formação, no TJMG o curso de
formação é fase do concurso, ou seja, anterior à posse. Sem maiores pretensões,
solicitamos – eu e a amiga que também fora aprovada na oral do TJMG – que o
TJPB nos concedesse licença sem remuneração, o que foi deferido.
Participamos do curso de formação do TJMG,
onde aprendemos um bocado. Chegado o momento da posse, chegou também a hora de
pedir exoneração do TJPB. No dia 04/04/2013, de manhã, foi publicado no DJe do
TJPB a exoneração, a pedido, do cargo de juiz de direito substituto do TJPB, e,
também no dia 04/04/2013, de tarde, foi publicado no DJe do TJMG nossa nomeação
como juízes de direito substitutos do TJMG! Que alegria! Deus é fiel! Não
deixei de ser juiz sequer por um só dia!
Em 05/04/2013 ocorreu a posse, no salão do
Tribunal do Júri de Minas Gerais. Cerimônia também bastante emocionante. Muito
bom ver a alegria dos meus familiares (meus filhos de terno são demais! rsrs),
bem como de todos os colegas empossados. É o clímax de anos de preparação!
Glórias a Deus por tudo isso.
Por diversas vezes falei uma passagem para
colegas que logravam aprovação. Desde o período que passei na PB e agora, em
MG, essa é minha oração. É o que, como Salomão, humildemente, peço a Deus:
Em Gibeão, apareceu o Senhor a Salomão, de noite, em
sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o queres que eu te dê.
Respondeu Salomão: De grande benevolência usaste para com
teu servo Davi, meu pai, porque ele andou contigo em fidelidade e em justiça, e
em retidão de coração, perante a tua face; mantiveste-lhe esta grande
benevolência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como hoje se
vê.
Agora, pois, ó Senhor, meu Deus, tu fizeste reinar teu
servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como
conduzir-me.
Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo
grande, tão numeroso, que se não pode contar.
Dá, pois, ao teu
servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente
discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?
Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão
pedido tal coisa.
Disse-lhe Deus: Já que pediste esta coisa e não pediste
longevidade, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos; mas pediste
entendimento, para discernires o que é justo;
Eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração
sábio e inteligente [...]
(1 Reis 3:5-12).
Amém.
Sem querer me alongar ainda mais, não posso
deixar de mencionar alguns amigos/anjos que Deus colocou em nossas vidas, minha
e de minha família. Vivemos a vida toda em Brasília/DF, nossa terra. Você pode
imaginar a dificuldade de mudarmos para locais que só eu conheci, somente nos
dias das provas dos concursos.
Porém, no mais belo e agradável cantinho do
Nordeste – João Pessoa/PB mora em nossos corações! – Deus nos abençoou na
pessoa da amiga LIKA. Puxa como fomos ajudados por ela! LIKA, minha amiga, não
tenho palavras para agradecer por tudo o que você fez por mim, minha esposa e
nossos filhos no período em que estivemos em JP. Muitíssimo obrigado!!!
Igualmente, na caótica Belo Horizonte, Deus
nos abençoou nas pessoas do amigo MOCAM, sua esposa e seu filho. MOCAM, irmão,
também não sei o que dizer para agradecer tudo o que vocês fizeram por mim,
minha esposa e nossos filhos no período em que estivemos em BH. Muitíssimo
obrigado!!! Vocês são dez!!! Realmente muito bom o período de convivência que
tivemos.
A hora da aprovação de vocês chegará. Muito
estudo, dedicação e fé em Deus que chegará!!!
Agora, pra falar sobre formas de estudo,
lembro que, tempos atrás, quando da divulgação do relato da Narizinho no blog,
quase enfartei de curiosidade para ler todo o relato de uma vez. Briguei com o
MOCAM com aquela história de divulgar em três dias, uma parte em cada dia...
Então, não vou fazer isso com vocês.
Será só em duas partes... rsrsrs
Logo mais conto um pouco sobre a preparação
do cavalo, quero dizer, a maneira como estudei nesse tempo todo.
Continua...
Grande VB, é um honra ter você como amigo, como irmão, ter participado de parte da sua jornada até o lugar merecido, ter, mesmo que de forma pequena, ajudado na conquista deste teu sonho. A única coisa que até hoje lamento profundamente é você não ter permitido que teu filho mais velho torcesse para o Santos FC como eu estava doutrinando o menino em Brasília...hehehehehe. Um forte e fraternal abraço, Oddie
ResponderExcluirVocê é fraco, Oddie! O pequeno agora já torce pelo Cruzeiro. rsrs Nada de vascão. Pensa num moleque que gosta de contrariar o pai?? rs
ExcluirEi, o bom é torcer pelo Santa Cruz aqui do Recife. Não há decepções, toda vitória é lucro. Somos a melhor torcida do Brasil, e o meu piôio já é tricolor.
Excluirei, já vi o maior dos pequenos! contrariar o pai??? então vai ser do time da massaaaaaaaa! GaLo!!!!! q cruzeiro q nada! shushsushs
ExcluirParabéns! Muito inspiradora a sua trajetória. Venho acompanhando vocês no CW e no FM. Ainda estou nos 25 pretendendo vestir a toga até os 30! Aguardo a segunda parte. Abraço. Até amanhã.
ResponderExcluirGrande VB... Inpiradoras suas palavras. Chorei ao ler seu relato. Você é a prova de que com dedicação e esforço, se chega lá..Conhecer essa turminha aqui do Mocam é algo que só quem participa sabe. Aguardo a segunda parte do relato....Ligix
ResponderExcluirBelo relato!
ResponderExcluirHistória linda e emocianante (tb chorei...)!!
Muito bom ler histórias de gente como a gente que chegou lá, nos inspira e dá coragem para lutar e também atingir nossos objetivos!
Ansiosa pela segunda parte do relato.
jpcarecife.
poxa...show de bola o relato!
ResponderExcluirsaber que alguem casado (como eu), com filhos (nao é meu caso), com trabalho no TRF (eu estou no TRE), com poucas horas de estudo (afinal, trabalho, esposa, casa, tiram algumas horas dos livros) conseguiu passar, com fé em Deus (o que tb tenho), serve como imensa motivacao.
falta a disciplina, o criterio, a rotina. mas isso esta por chegar.
depoimentos como esse servem para renovar a crenca na vitoria!!!
Q emocionante, VB! Aguardo então a continuação do relato! Bjs da lege oferenda
ResponderExcluirDigno de elogios, parabéns VB pela força de vontade, perseverança, persistência e determinação. Nada é impossível ao que crê! Você é prova disso!!!! Muito feliz por vc!!!!
ResponderExcluirwlampi
Parabéns VB, pela conquista e pelo exemplo de fé !!
ResponderExcluirSeu relato oxigena a caminhada daqueles que ainda estão na luta.
Se passar pelas proximidades da Comarca de Igarapé, saiba que por essas bandas habita um mocamense.
(RedFoot)
Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado.
Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.
Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.
Salmos 37:3-5
PCCARMO.
ResponderExcluirDeus é fiel VB ! Parabéns pelas conquistas e por relatá-las a nós, ainda concurseiros.
Que mensagem linda e empolgante para aqueles que como o VB sonham com um cargo público. Acredito que a fé em Deus que o VB tem foi muito importante nessa conquista e que o Senhor honrou essa fé. Mocam, parabéns pelo blog é muito bom! Continue assim, semeando boas ideias. Não tem preço ter contato com um relato desses, é extramamente motivador. Enfim, parabéns pela iniciativa!
ResponderExcluirÉ uma honra ser citada neste relato!!!!! :) VOCÊ FEZ POR MERECER A APROVAÇÃO! Nunca se esqueça das dificuldades do caminho, mantendo sempre a humildade e o coração aquecido. Grande abraço! Narizinho.
ResponderExcluirRelato emocionante. Não há muito o que dizer, apenas parabenizar pelo intento alcançado.
ResponderExcluirComecei minha jornada há pouco mais de 1 ano e tenho preocupação com a idade (já beirando aos 31) e não há como adiantar o tempo, mesmo pq eu ainda tenho que advogar mais 2 anos. Enfim, que Deus me ajude a não desistir.
Os que confiam no Senhor são como os montes de Sião que não se abalam , mas permanecem para sempre.....
ResponderExcluirParabéns, linda trajetória. Nada vem sem a luta e a vitória tem a hora certa, a hora de Deus. Pelo relato percebo que você nasceu para guiar e ser guiado somente por Deus, é um desígnio, faça excelente uso dele (tenho plena certeza que fará). A multidão precisa de você.
ResponderExcluir